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1. POEMA NA ESCADA

(Com gratidão a Silvia)

Letra e música: Erika Silva

 

 

Poema na escada:

Ela sentada

Poema de fé:

Ela fazendo o que quer por mim

 

O teu caminho tem a tua cor

A humanidade de verdade ali

E as estradas que eu percorri sem nome

Agora somem e velhos sonhos ganham novos fins

 

O teu sorriso tem a tua cor

Fui tão covarde por não querer sorrir em tempo

Tempo de ventos que não precisam de pipas, balões

Ou coisas do tipo...

Tempo contigo é até o infinito

 

Você tem malas pra quantos temporais?

Você me espera na beira do cais?

Você me faz pensar que o melhor é viver assim

Sem nada mais que paz

Com você eu sempre tenho bem mais

Muito, muito mais...

 

Poema na escada:

Ela sentada

Poema de fé:

Ela fazendo o que quer por mim, pra mim

 

Poema na escada:

Ela sentada

Poema de fé:

Ela só sendo o que é pra mim

 

 

 

 

2. DANIEL

(A um sonhado filho – letra de 2007)

Letra e música: Erika Silva

 

É o seu amor que eu espero nessas noites tão sem festa

Quando vejo o vazio de minhas mãos

É no seu amor que eu penso e agradeço a Deus

Por seus olhos tão estreitos quanto os meus

 

É o seu amor que eu espero nessas filas de meio-dia

Eu preciso te contar dos lugares onde andei

As pessoas que eu deixei...

E que me fizeram ser tudo que eu sou agora

 

Quanto tempo falta pra que eu possa deslizar meus dedos

entre os seus cabelos?

Eu preciso da eternidade pra eu possa te ensinar

tudo que eu acho que eu sei...

Seus sapatos vão caber?

Você vai jogar, tocar o quê?

Vai guardar uma canção no bolso?

 

Daniel,

de duas vidas coloridas

por suas mãos tão pequeninas...

Daniel...

 

 

 

 

 

 

3. O CERTO & A ERRADA

Letra e música: Erika Silva

 

É muita chuva pra poucos dias sem pressa, mas vamos ao que interessa...

Quem era aquela que ficou pra trás?

É muita culpa pra poucas rugas no meu rosto,

tirando alguns desgostos,

apreciando Agosto dos pais...

 

E aí, pode vir, sobre mim

Um milhão de coisas novas,

Se o vento sopra mesmo em sobras do mês...

Se é pra ser, pode crer, vou fazer

tudo que a vida aposta,

se o tempo cobra as respostas que eu não sei

E pensar que eu era chato

Pra acordar com fuso-horário

Sou do tipo que não anda a mais de cem...Sou do tipo sem ninguém

 

 

É muito “sim e não” pra poucas noites de sexta,

Procuro algumas certezas

pra acreditar nisso de “bom rapaz”...

É que esse mundo cão não tá de brincadeira,não

Quem dera fosse a cerveja!

Quem era aquela que te deixou sem paz?

 

Se eu quiser, vai dar pé, vou da Sé até a Cidade Nova.

Isso prova muito mais que embriaguez?

Foi te ver, pra querer, pra saber

que a vida é uma aposta pra quem gosta de gostar outra vez.

E pensar que era fácil acordar em tantos quartos...

Sou do tipo que só anda a mais de cem, tudo aquilo que buscavas em alguém...

 

Eu nunca soube ouvir o som de meus passos acompanhados, mas agora eu sei...

Eu nunca soube que um abraço salvaria uma noite em claro, mas agora eu sei...

Aquelas quintas de tequila afogaram minha mente rasa e eu te liguei...

É que no fundo todo mundo só aprende dando murro em faca...

Até o dia que eu te quis...eu não sabia mais ser feliz,mas agora eu sei

 

 

 

 

4. OS VERDADEIROS DIAS

(Para Pericles e Anne, com amor)

Letra e música: Erika Silva

 

Quem vai, talvez tente ir pra sempre

Quem mais não teve medo de crescer?

Se é pra doer...

Entre quantas estações sem trilhos?

Pra ser um pouco mais forte que isso

Só mais uns dias aqui

Só mais uns dias sem fim

 

Um mês e outras avenidas cheias

Do que o meu coração quiser ver

Se é pra viver...

Entre o mais esperto e o mais frio

Tem alguém que pelo menos sorriu...

Só mais uns dias aqui!

Só mais uns dias sem fim...

 

Só mais um tempo pra eu melhorar por dentro

Pra sentir que o caminho que escolhi

não saiu do mapa

Quando as luzes me cegarem, vou sonhar até dormir

e voltar pra casa

Vou voltar pra casa

 

Vou cantar qualquer coisa que fale de amor

Vou carregar o orgulho de quem sabe

o que é bem pouco

e bem mais...

Vou estar tão vivo quanto o meu pai...

Vou cantar qualquer coisa que fale de amor

Vou carregar o fruto dos meus 30 e poucos anos

Vou pintar nas paredes de casa: “Filha, eu te amo...eu te amo!”.

 

Só mais uns dias aqui

Só mais uns dias sem fim

Só...

Até...?

 

 

 

 

 

5. EMBORA

Letra e música: Erika Silva

 

Já faz tempo que chegou a hora

De limpar nossa poluição sonora

De jogar fora os cacos que colavam o fim

 

Eu só peço que apague meu nome

Do seu corpo, alma e telefone

E me deixe ir o mais longe que eu conseguir

 

Embora todas as horas esperem por algo melhor de nós agora

[embora todas as horas esperem por algo de nós lá fora]

Olha só nossa história, indo embora...

 

 

Vai doer por um mês ou mais, tanto faz,

isso é parte do que eu preciso

[eu preciso de mais]

Vai, seguimos em paz,

no fim a dor trás a outra parte do meu,

do seu sorriso...

 

 

 

 

 

6. OUTRAS MANHÃS

(Com carinho especial aos amigos da Lady Bel: Kadu, Cleiton, Arquise – e grandes apoiadoras: Daniele Albim e Iracecília Rocha - letra de 2003)

Letra e música: Erika Silva

 

Vista sua energia

Eu estou bailando ao sol

Girando o mundo sem classe, sem dó

Muros são máquinas de papel

Eu mesma escrevo os jornais

A minha tática é ficar só

 

Falsos olhos castanhos

Finja que somos reais

Cortando pulsos sem classe, sem dó

Frutas são ácidas como nós

Nós somos cítricos

Imensos cínicos

Pequenos lírios buscando o amor...

 

A sua cor me parece carnal

Pétala, Pétala

A sua força é sobrenatural

E eu queria a sua proteção

Pra me distrair, me fortalecer

Outra vez é você (4x)

Que me afasta das curvas do mal

Pétala, você faz parte de mim...

 

“E ela parece estar ao seu lado, mas sabe que nunca sentiu

O amor que você lhe pediu...”

 

Me acorde nas manhãs de frio

Me leve pra algum lugar

Leve, tão leve, que eu possa

Flutuar...

 

 

 

 

 

7. SONATINA DE JULHO

(Com gratidão a Silvia – II)

Letra e música: Erika Silva

 

Fora a chuva que me fez um pouco assim...

Fora tudo que pesou dentro de mim

Lá fora tem flores de rua, das luas que te fazem feliz

Embora eu quisesse ir,

Foi o que eu fiz?

Não...

 

Fora essas dores que já vão sair

Fora as cores que me trouxe pra sorrir

Lá fora um gosto de mãos dadas, que eu gosto de assumir

Por dentro fiquei tão perdida

Mas eu fiquei aqui

 

Pra que me acomodar com o que me incomodou?

Enquanto eu escalo a dor...

Enquanto o coração queimava sem sol,

você e eu tão sós, você em fá menor...

De nós que a gente desatou e achava que era amor

Falavam que era amor

 

Não sei de fórmulas certas, não entendo de regras, nem de coisas concretas...Tudo isso me cega!

E não faz respirar...

[e me faz não respirar]

[Nada disso é meu]

Só sei de boas conversas, curativos pós-guerra, de caminhos de terra

Que findaram em música...

Em chuva...

Em você e eu

 

 

 

 

8. CIDADES DE CINEMA

(Letra de 2007)

Letra e música: Erika Silva

Todos esses dias me parecem reais

Cortes de um filme que não me comove mais

Todas as pessoas falam de quem partiu

Eu só quero as flores que você coloriu

Só estive errada por estar longe de você

Não é tão absurdo atravessar o mundo só pra te ver

 

 

Você é o amor que eu sonhei

Você é tudo que eu procurei

Nas canções que escrevi

Nas cidades de cinema

 

 

Todos esses dias me parecem banais

Cortes de um filme que não me comove mais

Todas as pessoas falam de quem partiu

Eu só quero as flores que você coloriu

 

Só estive errada por estar longe de você

Não é tão absurdo atravessar o mundo só pra te ver

 

 

 

9. AO MEIO, INTEIRO

(Ao amigo D., com apreço)

Letra e música: Erika Silva

 

 

Minha memória meio rasa

Não combina com um coração

São 3 horas da manhã

Em meio à essa gente falando alto

Em meio à fumaça de outro cigarro ao meio

 

 

Já fiz tudo que devia

Canudo, emprego, noivado e dinheiro

Quantas coisas previsíveis vão

Ser tão vãs para o meu coração?

Quantos discos me mantêm inteiro?

 

 

 

Alguém pare os ponteiros

Pra eu chegar primeiro

A qualquer lugar

Se um dia fui inteiro

Minha metade não faz mais

Questão nenhuma

De pensar

Na falta que faz

 

 

 

10. FLORES MORTAS [NÃO PRECISAM DE SOL]

(Essa é uma história real sobre violência doméstica, falsidade e superação – Webclipe disponível no Youtube)

Letra e música: Erika Silva

 

Posso sentar perto de você?

Posso sair desse chão tão sujo

Quanto o nosso mundo

De contradição?

Posso atravessar a rua às três?

Posso até não contar pra ninguém

O que você fez

Quantos nomes tem o amor?

Eu não sei,

Ah, eu não sei

 

 

Sei de improvisar a mesa

Pra compartilhar incertezas...

Sei de flores de cerveja

E de algumas letras

Se apagando nas paredes

Talvez seja infiltração...

Faz um mês que arrancaram

O meu coração

 

 

Posso sentar perto de você?

Posso te contar sobre o que a dor

Me impediu de ser?

Meu espelho se quebrou

Posso descansar as costas aos domingos?

Você pode maneirar mais nesse castigo?

Juro, vou exagerar na maquiagem que você comprou

 

Juro que vou me calar

Juro não falar com Deus

Juro não enterrar comigo as flores

As flores que você me deu

O que mais

Você me deu?

 

Vou sair pra andar...

Pra dizer

Que aquele castelo nunca derreteu

Só pôr-do-sol pra olhar

(Só pôr o sol pra olhar...)

Pra dizer

Que o certo foi um erro meu

Só mais um erro meu...

 

Faz um mês que meu coração parou

 

E o seu?

 

 

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